ENAMORADOS
Metades de um todo
Que se fazem mais de um.
Metades de ontem
Num todo de hoje.
Metades, enfim,
Que faltavam em mim.
Caminho seguro
Na luz ou no escuro.
Caras-metades
Que caminham, ao certo,
No amor desperto,
Na divina vontade
Que faz, na verdade,
Um ao outro encontrar.
E neste mistério,
O eterno buscar.
Ponte que ampara,
Lado a lado, a passagem
Do amor em harmonia,
De noite ou de dia,
Em busca do espaço
Guardado no abraço
Do mistério divino,
Ao sabor do destino.
Deste amor cristalino
De ontem e de hoje,
Do amanhã e depois,
Onde dois sempre é um,
Onde um sempre é dois.
Simão Pedrosa
Enviado por Simão Pedrosa em 12/06/2016