BOIADA
A saudade é uma boiada
Ajuntada boi a boi,
Ruminando na invernada
O capim que já se foi.
Boiada sem boiadeiro,
Sem aboio ou direção,
Que me invade, por inteiro,
O curral do coração.
Eu abro então a porteira
Dos olhos, em aflição,
Faço sair de carreira
Boi a boi, numa explosão.
Simão Pedrosa
Enviado por Simão Pedrosa em 31/08/2015
Alterado em 02/09/2015