SANGUE VERDE
“Minino de roça”,
Sem escolha nasci.
Em terra fértil,
A roça me criou.
Mas da roça, um dia,
Por escolha, eu saí.
E a vida ensinou-me
Que da roça não se sai,
Pois a roça vai junto.
Não importa aonde,
Não importa como,
Nem mesmo quando,
A roça vai
No peito da gente.
Arraigada na alma,
Como hera vivaz;
A bater com o coração,
Na cadência da vida;
A pulsar nas veias,
No verde do sangue.
Pudera eu nascer de novo
“Minino de roça” ... por livre escolha!
Simão Pedrosa
Enviado por Simão Pedrosa em 04/06/2014
Alterado em 03/03/2016