ALZHEIMER
Na cabeça dá um nó,
Que aperta o coração.
Tristeza bate sem dó!
Sem pena! Sem compaixão!
O passado baila a esmo,
Presente gira sem norte,
O futuro é sempre o mesmo:
Incerteza, dor e morte.
Noite e dia é tudo igual,
Como luz sempre acesa.
A confusão é normal,
De nada se tem certeza.
Nas idéias distorcidas
Dançam fatos do passado.
Bailarinas distraídas,
Num palco abandonado.
A família não existe,
Mesmo estando presente.
Só um ser que persiste
Num mundo dele somente.
Palavras tolas tropeçam
Da boca querem sair
Que nem tontos que levantam
Para em seguida cair
Comer? Beber? Tanto faz.
Viver e morrer também.
Sem um remédio eficaz,
Resta a morte... num amém.
Simão Pedrosa
Enviado por Simão Pedrosa em 27/07/2010
Alterado em 17/10/2012