Simão Pedrosa
A poesia é a minha viagem e a viola a minha chegada
Textos
BRASIL CAIPIRA
Meu ranchinho de sapé
Lá na beira do estradão,
Tem gostinho de café,
Pão de queijo e requeijão.
A cabocla companheira
É que aquieta o coração
Neste meu peito cansado
De apanhar da solidão.
Chora de noite a cascata
Rolando pelo grotão,
Num murmúrio em serenata
Despertando a emoção.
Corre em sereno riacho
Serpeando o baixadão
Misturando sol e lua
Pelos campos do sertão.
De manhã a passarada
Canta alegre em oração,
O caboclo pega a enxada
Vai cuidar da plantação.
E de noite tem fogueira,
Cantoria e diversão,
Tem pagode e pinga boa,
Muita prosa e união.
Tem quermesse e brincadeiras
Nas festas de São João.
Tem mocinhas casadeiras
Que se dobram em oração,
Entre juras e promessas,
Muita fé e devoção,
Pro santo casamenteiro
Arranjar-lhes um varão.
Na sanfona e na viola,
No zabumba e violão,
A festança desenrola
Contagiando o coração,
Faz o povo se esquecer
Da dureza deste chão.
Salve meu Brasil caipira!
Salve nossa tradição!
Meu ranchinho de sapé
Lá na beira do estradão,
Tem gostinho de café,
Pão de queijo e requeijão.
A cabocla companheira
É que aquieta o coração
Neste meu peito cansado
De apanhar da solidão.
Chora de noite a cascata
Rolando pelo grotão,
Num murmúrio em serenata
Despertando a emoção.
Corre em sereno riacho
Serpeando o baixadão
Misturando sol e lua
Pelos campos do sertão.
De manhã a passarada
Canta alegre em oração,
O caboclo pega a enxada
Vai cuidar da plantação.
E de noite tem fogueira,
Cantoria e diversão,
Tem pagode e pinga boa,
Muita prosa e união.
Tem quermesse e brincadeiras
Nas festas de São João.
Tem mocinhas casadeiras
Que se dobram em oração,
Entre juras e promessas,
Muita fé e devoção,
Pro santo casamenteiro
Arranjar-lhes um varão.
Na sanfona e na viola,
No zabumba e violão,
A festança desenrola
Contagiando o coração,
Faz o povo se esquecer
Da dureza deste chão.
Salve meu Brasil caipira!
Salve nossa tradição!
Simão Pedrosa
Enviado por Simão Pedrosa em 20/01/2010
Alterado em 19/10/2020
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